terça-feira, 25 de maio de 2010

PSDB-PDT: aliança consolidada, que tem ainda o PPS e o PTC


Em reunião realizada na sede do Diretório Estadual do PSDB, nesta segunda-feira, ficou consolidada a aliança política do partido em torno da pré-candidatura do pedetista Jackson Lago ao governo do Maranhão. Ou seja, a tão esperada união entre o tucano e a rosa tornou-se, enfim, uma realidade.
Iniciada às 16h, a reunião estendeu-se até às 19h30 e foi contou com a participação das principais lideranças do PSDB e do PDT.
DISCURSOS
O presidente estadual do PSDB foi o primeiro a discursar. Roberto Rocha fez um breve histórico da relação política entre os tucanos e os trabalhistas no Maranhão e lembrou que a os dois partidos estão juntos desde as eleições de 2002, quando o deputado tucano renunciou a sua candidatura ao governo para apoiar o então candidato Jackson Lago.
“Estamos aqui para formalizar uma relação que vem desde 2002 e que só não foi possível ser renovada em 2006 por conta do instituto de verticalização. Agora é diferente, estamos certos que esta coligação é a melhor alternativa para o Maranhão, pois defendemos os mesmos ideais, o mesmo projeto, mostrando que somos coerentes com a nossa história. A aliança entre o tucano e rosa é uma realidade, que conta ainda com os companheiros do PPS e do PTC”, disse.
O pré-candidato a governador Jackson Lago também reconheceu o histórico de bom relacionamento entre as duas legendas, agradeceu o apoio dos tucanos e disse ainda que o seu palanque será do presidenciável José Serra (PSDB).
“Esse apoio do PSDB é muito importante para a nossa caminhada. O PDT retribui o apoio a nossa candidatura oferecendo o nosso palanque à candidatura de José Serra à presidente da República, pois não poderia estar no palanque daqueles que ajudaram a cassar o meu mandato”, afirmou o líder trabalhista.
Já o prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira, falou da importância do gesto de desprendimento do deputado Roberto Rocha ao recuar da pretensão em disputar a vaga de governador e de conduzir de forma republicana o acordo que selou a aliança entre o PSDB e o PDT.
“Tenho que reconhecer aqui mais uma vez o gesto de desprendimento do presidente Roberto Rocha que soube avaliar bem o momento político e recuar na disputa ao governo e se lançar candidato ao Senado. Da mesma forma, tem conduzido os entendimentos internos no PSDB com maestria”, disse.
O prefeito de Porto Franco, Deoclides Macedo, fez um lúcido pronunciamento onde defendeu ampliação da aliança para outros partidos e para a sociedade.
“Esse momento é histórico para todos nós. A consolidação dessa aliança favorecerá inclusive para que possa ser ampliada a outros partidos e ganhar a simpatia do conjunto da sociedade. Temos que ter o entendimento de que o nosso Brasil é o Maranhão”, defendeu.
Outro orador que elogiou a postura do presidente estadual do PSDB foi o deputado Carlos Brandão para quem “Roberto Rocha deu mais uma prova de comprometimento maior com o projeto das oposições que é derrotar a candidatura de Roseana Sarney”.
O ex-ministro do STJ e pré-candidato ao Senado, Edson Vidigal, direcionou o seu discurso para a importância do Maranhão em eleger um senador de oposição ao grupo Sarney.
“Tão importante quanto elegermos o Jackson Lago governador do Maranhão é eleger um senador da nossa coligação. A arena política principal é em Brasília e mais especificamente no Senado Federal. Se tivéssemos um senador da oposição não haveria cassação do companheiro Jackson Lago”, assegurou.
A reunião foi comandada pelo presente do estadual do PSDB, deputado Roberto Rocha, e estiveram presentes, além do pré-candidato Jackson Lago, o ex-vice-governador Pastor Porto, o presidente do PDT, deputado Julião Amim, os pré-candidatos a senador Edson Vidigal (PSDB) e Clodomir Paz (PDT), os deputados federais tucanos Carlos Brandão e Pinto Itamaraty, a deputada estadual Gardênia Castelo (PSDB), deputado estadual Chico Leitoa (PDT), deputado Carlinhos Amorim (PDT), o ex-secretário de Estado Lula Almeida, o ex-secretário Wilson Carvalho, os prefeitos tucanos Sebastião Madeira (Imperatriz) e Ildemar Gonçalves (Açailândia), o prefeito de Porto Franco Deoclides Macedo (PDT), entre várias lideranças dos dois partidos.
O prefeito João Castelo tinha compromissos inadiáveis na prefeitura e não pode comparecer ao ato, cabendo a deputado Gardênia Castelo registrar o motivo da ausência do prefeito de São Luis, garantindo, contudo, que João Castelo está afinado com os propósitos das demais lideranças que compõem a aliança PSDB, PDT, PPS e PTC.

PPS/MA reafirma apoio a Serra durante encontro nacional do partido


Paulo Matos, José Serra e Altemar Lima
O presidente estadual do PPS, Paulo Matos, e o pré-candidato Altemar Lima, participaram no último final de semana da reunião do Diretório Nacional do PPS, em São Paulo. O encontro teve a participação do pré-candidato à Presidência da República, José Serra (PSDB).

O tucano proferiu palestra em que destacou a conjuntura política nacional e abriu espaço na agenda para discutir com os dirigentes estaduais a realidade de cada região. Os dirigentes do PPS maranhense aproveitaram a oportunidade para trocar impressões acerca do cenário eleitoral do estado e apresentar a proposta de plano de governo elaborada pelo partido em discussões com diversos segmentos da sociedade.


“Reafirmamos o nosso apoio incondicional à candidatura Serra e a nossa disposição para contribuir para a concretização de um palanque forte que viabilize a vitória do Serra e o restabelecimento da vontade popular elegendo um candidato de oposição ao grupo Sarney para o governo do Estado”, disse Paulo Matos.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

CONFIRMADO SHOW DA BANDA SCORPIONS EM SÃO LUÍS NO MÊS DE SETEMBRO

Está confirmado para o dia 24 de setembro, no Centro Histórico, o show da banda alemã Scorpions. A informação está no site oficial da banda. A organização do evento, segundo informações, está sob a coordenação da Cores Comunicação.
Nesta sexta-feira (21) já serão definidos os primeiros pontos de venda do lote de ingresso promocional. O show terá a abertura de uma banda nacional. O cachê do grupo Scorpions, de acordo com os organizadores, teria ficado em torno de R$ 500 mil reais.
Este blog - depois do site Kamaleão - foi o primeiro a anunciar a vinda dos cantores alemãs à São Luís, o que acabou ganhando forte repercussão no Estado. A cidade será uma das capitais brasileiras a receber a turnê 2010 “Get Your Sting and Blackout”.
Os ingressos mais baratos devem ficar no valor de R$ 80 reais. Com 45 anos de história e mais de 100 milhões de discos vendidos, Scorpions estará no Brasil em sua turnê de despedida.
A banda ficou consagrada com os sucessos Wind of change, Still loving you, Dust the wind, Rock you like a hurricane, Send me and angel entre outros.
Além de São Luís, São Paulo (dia 19) e Brasília (dia 22) são as outras duas cidades pelo qual a banda se apresentará.
Após duas passagens pelo Brasil, em 2005 e 2007, o grupo pode estar encerrando carreira, se apresentando pela última vez na capital maranhense.


Quem quiser obter mais informações pode mandar e-mails para scorpionsemsaoluis@gmail.com ou seguir o twitter: twitter.com/scorpionsemslz

PT vai intervir no Maranhão para forçar apoio a Roseana Sarney


Por ordem de Lula, partido terá de suspender encontro estadual e rever aliança com PC do B



Preocupada com o novo foco de incêndio político na campanha de Dilma Rousseff à Presidência, a cúpula do PT fará intervenção branca no Maranhão para obrigar o partido a apoiar a candidatura à reeleição da governadora Roseana Sarney (PMDB).

O primeiro passo do roteiro combinado com o Palácio do Planalto será suspender o Encontro Estadual do PT, marcado para sábado e domingo, sob o argumento de que haverá confronto entre as alas petistas. O último encontro, no dia 27 de março, havia aprovado a aliança com o deputado Flávio Dino (PC do B-MA) para a sucessão de Roseana.

Agora, a estratégia autorizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva consiste em empurrar a decisão sobre a chapa ao governo do Maranhão para o Diretório Nacional do PT, que vai se reunir em 12 de junho, véspera da convenção que homologará a candidatura de Dilma.

Sob pressão do Planalto, o diretório deverá dar sinal verde à coligação com Roseana, desmontando a parceria com o comunista Dino. Motivo: Lula quer palanque único para Dilma no Maranhão e alega que precisa do apoio do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), pai de Roseana.

Creolina. A manobra, porém, não ocorrerá sem traumas. "Pode ter morte no Maranhão", ameaçou o deputado Domingos Dutra (PT), que ocupou ontem a tribuna da Câmara para protestar contra a suspensão do encontro. "Se houver alguma tragédia lá, a responsabilidade será de Sarney, Roseana e da turma do PT que quer vender o partido."

O PT do Maranhão é dividido em duas correntes e uma delas ocupa cargos no governo Roseana. Pelo script acertado com Lula, a Executiva Estadual do PT vai aprovar resolução, hoje, suspendendo o encontro que indicaria o vice de Dino e os candidatos ao Senado, à Câmara e à Assembleia Legislativa.

Em rota de colisão com o comando petista, Domingos Dutra está organizando um ato político para sexta-feira, em São Luiz, que promete pôr mais combustível na crise. "Nós vamos lavar a estrela do PT com creolina para tirar a catinga dos Sarney", anunciou ele. "Ninguém entende por que Dilma não pode ter dois palanques no Maranhão se essa prática vai ocorrer em nove Estados. Dois palanques dão mais votos do que um."

Magoado, Dino afirmou que a cúpula do PT não pode "simplesmente ignorar" a decisão do partido de aderir à sua candidatura. "Isso seria um desrespeito a um aliado, um ato de violência, uma espécie de golpismo."

domingo, 16 de maio de 2010

Washington e Monteiro tentam aplicar novo golpe no PT do Maranhão


Washinton, Roseana Sarney e Monteiro: O PT à beira do abismo
Essa turma não tem jeito mesmo. Arranjaram agora uma outra fórmula de aplicar um golpe contra a democracia interna do PT, e inventaram um encontro e um documento com a assinatura de 90 delegados que participaram do encontro ocorrido em março, que sacramentou o apoio à candidatura de Flávio Dino, defendendo agora a aliança com a família Sarney.
A foto (Hadson Chagas) e algumas informações colho no blog de Décio Sá, que já comemora como certa a aliança com o PMDB.
Mas dirigentes do PT contactados pelo blog classificaram o encontro promovido pelo presidente do PT, Raimundo Monteiro, e o suplente de deputado federal Washington Luís, de ilegal e sem nenhum fundamento estatutário.
Eles também questionam a lista com as noventa assinaturas e protemetem para essa segunda-feira apresentar nomes que negam apoiar o “golpe”, mas foram colocados na lista dos “90 delegados”.
- Ali no máximo eles tem 88 nomes, e não 90 - adiantou o dirigente petista.
O encontro que aconteceu no hotel Holliday Inn no São Francisco, segundo declarações do próprio Washington, foi uma saída política para evitar confrontos políticos, e que o encontro passado foi muito conturbado e inibiu a manifestação livre dos delegados.
Demais, não é ?
Aos petistas deixo a foto para vejam Roseana Sarney com a camisa do PT e pensem no futuro que lhes aguarda.
Quem sabe um que lhes permita os mesmos sorrisos exibidos por Washington e Monteiro diante do abismo.

O TUCANO E A ROSA


por Roberto Rocha
Não passou em branco, nesta semana, a data em que evocamos a indigna deposição do governador Jackson Lago, por via de um golpe de Estado judiciário. Daqui mesmo, deste espaço jornalístico, manifestei meu inconformismo por ocasião da data da cassação, enfatizando que o mandato popular outorgado ao governador transcende a todos nós, inclusive ao próprio outorgado, e que a violência do ato atinge o coração da democracia e afronta as instituições que constituem a base das sociedades civilizadas.

Compromissos partidários me retiveram em Brasília mas acompanhei e me solidarizei com o ato, na verdade mais que uma cerimônia, uma purgação ritual para renovar as forças que nos uniram e nos alimentam.

Fico especialmente feliz quando ouço repetido, quase como um mantra, a invocação da natural confluência maranhense entre o tucano e a rosa, ou seja, nosso PSDB com o PDT. Sei, porque trago as marcas no corpo, o que nos custou afirmar nossa identidade partidária afrontando conveniências nacionais e o proverbial canto fisiológico das oligarquias perante o poder central que na ocasião nosso partido exercia. Sei o que me custou o gesto de coragem e desprendimento, muitas vezes incompreendido, de renunciar à minha candidatura em favor do projeto de eleger o Dr. Jackson Lago, em 2002. São cicatrizes de guerra.

Nos orgulha dizer que, ao contrário do que vemos hoje, essa descabida capitulação moral e biográfica do presidente e parte de seu partido, nosso poleiro tucano tem nome e lado. Somos adversários do grupo Sarney e tudo que representa seu nefasto legado de práticas oligárquicas. No entanto, não faço política contra pessoas, mas contra idéias e práticas que repudio. Por isso nunca me verão descortês com qualquer adversário, mas também não me verão titubear diante dos princípios que norteiam nossa luta doutrinária e política.

Foi graças a essa nítida demarcação de território que nosso partido cresceu no Maranhão, conquistando hoje os maiores colégios eleitorais do Estado e administrando a maior parcela do PIB maranhense. Esse quinhão de confiança de que somos fiadores perante os eleitores maranhenses também nos impõe responsabilidades. Dentre elas a de conjugar solidariamente com nossos aliados a tarefa maior de devolver o poder ao povo do Maranhão.

Aprendi que política se faz com voto, não com veto. E o combustível da política é a saliva, o diálogo, nem tanto para o convencimento ou a sedução, mas o diálogo socrático, que busca a verdade e o consenso pela força lógica dos argumentos. Afinal, a convergência nasce da divergência.

Essa política não comporta adesões, um traço de velhas práticas que a sociedade repudia. Ao contrário, busca convergências para um objetivo comum. E quando o objetivo é comum as estratégias confluem, ainda que as táticas possam divergir. Temos que estar preparados para todos os cenários, na areia movediça que se tornou a política maranhense. Seja qual for esse cenário o tucano e a rosa estarão juntos, parceiros de uma mesma história, solidários nas mesmas vicissitudes e, queira Deus, artífices da construção de um outro Maranhão.

Castelo decreta luto oficial em respeito a João Evangelista


Prefeito lamentou morte precoce de “um grande homem público, que se dedicou ao trabalho.


O prefeito de São Luís, João Castelo, decretou luto oficial de três dias no Município pelo falecimento do deputado estadual, João Evangelista (PSDB), ocorrido na madrugada do último sábado (15). Ele lamentou a morte precoce de “um grande homem público, que se dedicou ao trabalho e à luta constante por dias melhores ao povo do Maranhão”.

João Castelo manifestou pesar pelo falecimento de Evangelista, solidarizou-se à família do parlamentar e destacou os relevantes serviços prestados por ele ao município de São Luís como vereador, presidente da Câmara Municipal, deputado estadual, presidente da Assembleia Legislativa do Estado e governador em exercício. “É uma perda imensurável para os maranhenses. Este homem público que tanto trabalhou pelo nosso povo estará para sempre vivo em nossas lembranças”, disse o prefeito.

Evangelista nasceu em São João Batista e veio para São Luís aos sete anos. Era agropecuarista. Foi eleito vereador de São Luís em 1988 e em 1992, quando foi presidente da Câmara dos Vereadores de São Luís.

Em 1994, foi eleito deputado estadual e se reelegeu em 1998, 2002 e 2006. Durante a sua atuação no Legislativo maranhense, foi eleito presidente da Casa nos biênios 2005/2006 e 2007/2008. Em 2007, ele exerceu o cargo de governador do Estado por cinco dias em substituição ao ex-governador Jackson Lago.

Para aproximar o Legislativo da sociedade, Evangelista comandou a construção de uma das Assembleias Legislativas mais modernas do Brasil, proporcionando aos parlamentares um espaço digno para o trabalho legislativo e para a população e dinamizou o setor de comunicação da Assembleia.

O deputado vinha enfrentando um sério problema de saúde há dois anos e quatro meses. Nos últimos dias, estava internado no Hospital São Domingos, onde faleceu na madrugada de sábado.

sábado, 15 de maio de 2010

Deoclides Macedo recebe pela 2ª vez o prêmio de “Prefeito Empreendedor”


O prefeito de Porto Franco, Deoclides Macedo (PDT), recebeu pela segunda consecutiva o prêmio Prefeito Empreendedor, em solenidade realizado ontem, quinta-feira (13), noAuditório do Sebrae Jaracaty.
Sete prefeitos maranhenses concorreram ao prêmio Prefeito Empreededor 2010, condedido pelo concedido pelo Sebrae a gestores municipais que tenham implantado projetos, com resultados mensuráveis, de estímulo ao surgimento e ao desenvolvimento de micro e pequenas empresas, através de temas espécificos, tais como: Educação Empreendedora e Inovação, Compras Governamentais, Desburocratização, Formalização de Empreendimentos e Implementação da Lei Geral.
Nesta sexta edição do evento, foram inscritas 17 prefeituras maranhenses que tiveram seus projetos avaliados pela Comissão Estadual de Pré-seleção e, em seguida, pela Comissão Julgadora Estadual, formada por representantes de entidades da sociedade cilvil organizada. No final, foram selecionados sete projetos que concorrem ao grande prêmio e aos destaques temáticos.
O projeto que concorre ao Prefeito Empreendedor pode reunir até dez ações de apoio e estímulo aos empreendedores com os seguintes focos de atuação: planejar e estruturar o desenvolvimento sustentável do município; enfrentar a burocracia; reduzir a informalidade; criar ou melhorar a política tributária para os pequenos negócios; priorizar micro e pequenas empresas nas compras governamentais; investir no acesso à inovação e à tecnologia; apoiar a cooperação e o associativismo; facilitar o acesso ao crédito e aos serviços financeiros; promover a educação empreendedora e profissionalizante, além de aprovar e implantar a Lei Geral Municipal.
Premiação nacional – Com o recebimento do prêmio Prefeito Empreendedor 2010, Deoclides Macedo concorrerá agora ao mesmo prêmio, só que em caráter nacional numa disputa com vários prefeitos das cinco regiões brasileiras.
O blog parabeniza o prefeito empreendedor de Porto Franco, Deoclides Macedo, e deseja que mais conquistas venham fazer parte da sua gloriosa carreira de gestor público e de político com posições firmes e republicanas.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

PSDB terá dois candidatos ao senado na chapa do pedetista Jackson Lago


Depois de intensas negociações entre PDT e PSDB, os partidos estão na reta final para oficializar um acordo. O ex-governador Jackson Lago (PDT) é o pré-candidato ao governo, enquanto o ex-ministro Edson Vidigal (PSDB) e o deputado federal Roberto Rocha (PSDB) serão pré-candidatos ao Senado. Os tucanos ainda poderão indicar o nome do candidato a vice-governador. Com a união das siglas, o presidenciável José Serra terá palanque único no Maranhão. PTC e PPS também estarão da chapa. Rocha declarou que não existe novidade na aliança. “Estamos caminhando nessa direção. Quem acompanha a nossa trajetória lembra que em 2002 e 2006 estivemos juntos. Do ponto de vista nacional o Nordeste é uma região estratégica e possui estados emblemáticos como o Maranhão. A coligação com o PDT foi uma decisão do diretório estadual e nacional”, disse.

Com o nome de Rocha na disputa, a matemática eleitoral ganha alterações. O Maranhão terá duas vagas para o Senado. Nos bastidores políticos, Edson Lobão, candidato a reeleição, é tido como o provável ocupante de uma delas. Os governistas apostam na reeleição do ex-ministro de Minas e Energia. Além da governadora Roseana Sarney (PMDB), pré-candidata ao Palácio dos Leões, ele é o único com vaga definida na chapa roseanista.. A certeza na reeleição de Lobão, vem de pesquisas internas do grupo político de Roseana, onde o nome dele aparece em primeiro e o do vice-governador João Alberto em segundo.

Até agora, na oposição, o ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) é cotado como o nome mais forte na disputa do Senado. A candidatura dele é uma das reivindicações dos socialistas na chapa do deputado federal Flávio Dino (PCdoB) como pré-candidato ao governo. A presença de Rocha na briga pelo Senado coloca mais um nome de boa densidade eleitoral dentre os oposicionistas no páreo por uma vaga.. O tucano foi eleito por três vezes deputado federal. Em cada pleito conseguiu reunir mais votos do que o anterior. Na última disputa teve 140 mil votos, sendo o mais votado do estado.

Roberto explicou que o nome dele ainda precisa ser aprovado na convenção do partido. Contudo, afirmou que a efetivação da candidatura possui um significado especial. “Há um componente há mais de natureza emocional. Meu pai, de origem humilde, veio da ilha de Balsas estudar em São Luís. Ele foi líder estudantil, prefeito, deputado estadual, deputado federal e governador. Somente um cargo não exerceu, o de senador. Vou me desdobrar em busca dessa eleição”, avisou. Ele explicou que a escolha pelo Senado atende a uma determinação nacional. O PSDB quer aumentar a bancada em Brasília para dar sustentação às decisões do presidente. Eles pretendem eleger o tucano José Serra.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Recursos de Roberto Rocha garantem novos equipamentos para a Codevasf



O deputado Roberto Rocha transformou em realidade mais uma de suas iniciativas junto a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf) alocando recursos, no valor de 1 milhão de reais de emenda parlamentar para aquisição de uma patrol e uma escavadeira hidráulica, através de processo licitatório, do tipo pregão eletrônico.

No segundo semestre do ano passado, Rocha já tinha destinado recursos de emenda para aquisição de tratores, carretas agrícolas, plantadoras e batedeiras de cereais entregues pela Codevasf a várias associações de agricultores no município de Balsas/MA, beneficiando mais de 1.200 famílias.

Reconhecendo a atuação da Codevasf, Rocha defende a instalação da Superintendência da Companhia no Maranhão. "Temos 36 municípios na área de atuação da Companhia. O Parnaíba nasce aqui. É inadmissível que tenhamos de recorrer à Superintendência de Teresina. Trazer para nosso Estado significa implantarmos projetos de desenvolvimento sustentável, aumentando a geração de emprego e renda, bem como a produção e escoamento de alimentos, consequentemente melhorando a qualidade de vida da população", defendeu.

Para 2010, Roberto Rocha já garantiu no orçamento da Codevasf um montante de quase 5 milhões de reais para aquisição de equipamentos agrícolas, arranjos produtivos, laboratório de alevinos, e muito mais.

segunda-feira, 10 de maio de 2010


O governador deposto Jackson Lago (PDT) declarou, na manhã de ontem (09), em entrevista ao programa do radialista Djalma Rodrigues, na Rádio Capital AM, que espera contar com o apoio do PSDB á sua candidatura ao governo do Estado. O pedetista revelou que deseja ter o deputado federal Roberto Rocha (PSDB) como companheiro de chapa - na condição de vice - e falou de temas polêmicos como o seu estado de saúde, os erros cometidos nos dois anos e três meses de governo, o desempenho de seus secretários, a união das oposições e o palanque presidenciável no estado.
“Eu torço e desejo ter o apoio do PSDB, pela sua importância, pelo seu tamanho, pelas grandes lideranças que tem”, disse Jackson. Ele confirmou sua candidatura ao governo do Maranhão e revelou que ficaria “feliz se o deputado Roberto Rocha com sua juventude, com a grande experiência política que tem, com seu talento, pudesse ser meu companheiro de chapa, pois compensaria algumas das minhas limitações”.
De acordo com Lago, as conversações entre o PDT e o PSDB estão num patamar avançado, próximo, segundo ele, de um desfecho decisivo. “As conversações estão boas, mas a decisão vai ser tomada pelo PSDB. No entanto, faço questão de ressaltar que no segundo turno estaremos todos unidos. Se eu não for para o segundo turno, aquele que for terá o meu apoio”, afirmou ao jornalista Djalma Rodrigues, apresentador do programa Redação 1.180, e ao titular deste blog.
Por duas horas e meia o ex-governador - deposto por meio de um golpe via judicial tramado por seus adversários - teve um bate-papo sincero, bastante honesto e descontraído com ouvintes. Político decidido e protagonista da luta pela libertação do estado, Jackson demonstrou ser um cidadão de hábito simples, humilde e jeito manso de se expressar, mesmo quando fala do seu estado de saúde, fragilizado depois que foi deixou o governo.
“Há seis anos venho controlando e tratando o meu câncer de próstata, e isso não tem alterado meu ritmo de vida. Quando saí do governo, devido ao ritmo intenso que ele exigia de mim, não tinha tempo de cuidar da minha saúde. Por conta disso estive bem doente. Enquanto os adversários viviam me caluniando através de seus meios de comunicação, eu estava procurando me recuperar. Graças a Deus, nos últimos meses, a doença normalizou e estou com a energia renovada para dedicar mais ainda ao estado do Maranhão”, assinalou.
Jackson abordou também um dos temas mais questionados pela população maranhense em relação à sua passagem interrompida pelo Palácio dos Leões: à crítica ao desempenho dos seus secretários de Estado. “Quando nós saímos do governo foi aquele massacre da mídia, e muitas coisas que aconteciam não chegavam ao nosso conhecimento, assim também como muitas coisas chegavam a população as vezes de maneira distorcida”, contou.
“Mas sempre é bom que nós tenhamos todas as informações e que a gente as tenha para corrigirmos os erros e para melhorar os acertos. É de grande importância qualquer advertência, essa chamada de atenção por parte da população”, lembrou Jackson Lago, ao reconhecer que uma das baixas da sua gestão foram marcadas pelo movimento grevista dos professores e a política de subsídio implantada para os servidores estaduais.
“Cometi muitos acertos no governo e cometi também muitos erros, mas acho que o erro maior foi ter tido um governo convencional. Se chegarmos ao governo novamente, teremos uma participação popular mais ampla, forte e orgânica”, admitiu Lago. Ao final da entrevista, Jackson garantiu que dará no estado palanque ao pré-candidato a presidência José Serra, do PSDB.
“Eles se juntaram e nos cassaram o mandato, de forma que nós achamos que em respeito ao povo do Maranhão eu não posso estar no palanque de quem cassou não apenas o meu mandato como cassou a vontade de quase 1 milhão e 400 mil maranhenses. Então o nosso palanque não poderá ser de quem tiver o apoio da família Sarney”, finalizou.
Confira a seguir os principais pontos da entrevista:
Estado de Saúde
O importante é que exista diagnóstico e tratamento. Eu tenho a felicidade de estar há seis anos controlando, tratando o meu câncer de próstata e isso não tem alterado meu ritmo de vida. Quando saí do governo, devido ao ritmo intenso que o mesmo exigia de mim, não tinha tempo de cuidar da minha saúde, eu estava bem doente e passei quase um ano tratando de uma anemia muito severa. Enquanto os adversários viviam me caluniando através de seus meios de comunicação, eu estava procurando recuperar minha saúde. Graças a Deus nos últimos meses ela normalizou e essa fase foi superada. Nós vamos continuar tratando o nosso câncer de próstata com os modernos métodos que a medicina oferece a todos de forma que não tem por que esconder as coisas. Eu convivo com ele desde 2004 e isso não tem impedido de ter a minha ação de trabalho, a minha ação política e espero em Deus que muitos anos pela frente nós possamos dedicar ao estado do Maranhão.
Crítica ao desempenho de Secretários
Quando nós saímos do governo foi aquele massacre da mídia e muitas coisas também que aconteciam no governo não chegavam ao nosso conhecimento, assim também como muitas coisas chegaram a população as vezes de maneira distorcida. Mas sempre é bom que nós tenhamos todas as informações e que a gente as tenha para corrigirmos os erros e para melhorar os acertos. É muito fácil ás vezes se dizer que todos os secretários foram ruins, nós respeitamos a posição de todos, das pessoas que nos fazem restrição ou de maneira direta a minha pessoa ou de maneira indireta por meio de todos os que foram os nossos secretários. É sempre importante qualquer advertência, chamada de atenção por parte da população.
Professores e política de subsídios
Talvez nós não tenhamos tido a competência de conduzir aquela questão com os professores. Na realidade, nós fizemos o que os professores estavam querendo desde o início, mas só que tardiamente. O movimento começou com postulações corretíssimas que nós a atendemos depois. Fomos mais além, oferecemos e implantamos gratificações mais dignas para os diretores de escolas. Se tirarmos todo o quadro emocional daquele momento pressionado pela mídia do grupo dominante e toda a conduta incorreta que tivemos na condução do processo na luta dos professores, nós vamos ver que as relações teriam sido muito boas assim como foi nos meus três mandatos de prefeitos de São Luís com todo o professorado. A mesma coisa ocorreu também em determinado momento com os policiais militares.
Aliança com o PSDB/Roberto Rocha vice
Em primeiro lugar eu tenho dito que o deputado Roberto Rocha é o presidente de um grande partido no estado que é o PSDB. Ele tem toda uma história, tem reconhecido a sua competência, seu talento, seu tirocínio, e que naturalmente ele tem toda a legitimidade para postular qualquer cargo na função pública do estado: governo, senador, vice-governador e não falar deputado que ele já exerce há vários mandatos. Acho que ele tem legitimidade pessoal como também em função da dimensão do seu partido, inclusive tendo um candidato competitivo a presidente da república, então por todas essas razões eu acho que ele tem legitimidade para essas postulações. Mas o que eu posso fazer é torcer, desejar ter o apoio do PSDB, pela sua importância, pelo seu tamanho, pelas grandes lideranças que tem. Eu não posso deixar de dizer que eu ficaria muito feliz se o doutor Roberto Rocha com sua juventude, apesar de jovem com a grande experiência política que tem, com seu talento, pudesse ser meu companheiro de chapa como vice, ele compensaria algumas das minhas limitações. É apenas um desejo, e não pode passar de um desejo, por que essa decisão ela vai ser tomada pelo seu partido, do qual é presidente. As conversações com o PSDB estão boas.
Palanque presidenciável
Todos me conhecem aqui no Estado, sabem as minhas posições doutrinárias, ideológicas, não há um movimento social no qual eu não tenha dado a minha modesta contribuição e assim foi ao longo de décadas. Depois, quando nós olhamos este grupo que ajudamos, quando ele não tinha força, ele se une ao Sarney para me tomar o mandato, não apenas do Jackson Lago, mas para desrespeitar o voto de quase 1 milhão e 400 mil pessoas. Então nós temos que olhar com profundidade o que significou o golpe judiciário, o qual foi seu significado - além do administrativo que colocou no governo quem perdeu a eleição, mas também com implicação política disso. Ora, se nós ganhamos a última eleição, fomos para o segundo turno e vencemos, eles não só tiveram a formação democrática para aceitar mas se valeram da força que tem lá em Brasília como tem há 50 anos. Se juntaram e nos cassaram o mandato, de forma que nós achamos que em respeito ao povo do Maranhão, eu não posso estar no palanque de quem cassou não apenas o meu mandato como cassou a vontade de quase 1 milhão e 400 mil maranhenses. Então o nosso palanque não pode ser de quem tiver o apoio da família Sarney.
Candidatura ao governo
Eu fiquei fora do embate da vida pública praticamente um ano, agora estou retornando, quando começo a recolher informações de que boa parte da população do estado, apesar de toda a pancadaria, difamações e calúnias, ela saber o que quer, como a conclusão de muitas estradas que começamos, de um projeto de saúde e educacional sério que fizemos para o Estado. Nós últimos meses começou a renascer a confiança de que a saúde me permitiria me unir a tantos maranhenses que querem outra realidade para o estado. Não só estou com a energia renovada através da melhoria da saúde como também estou muito animado com as conversões que mostram que nós e o PSDB e outras legendas importantes marcharemos juntos.
União das oposições no segundo turno
No primeiro turno teremos vários candidatos, mas no segundo turno nos uniremos. Se eu não for para o segundo turno, aquele que for terá o meu apoio para combater a família Sarney e tenho certeza que a recíproca será verdadeira.
Principais erros no governo
Cometi muitos acertos no governo e cometi também muitos erros, mas acho que o erro maior foi ter tido um governo convencional. Se chegarmos ao governo novamente teremos uma participação popular maior, forte, orgânica. O amplo leque de partidos no meu governo teve suas contradições internas, e nós olhamos mais para o leque de partidos do que com os compromissos históricos, com a imensa esperança que a população depositou em nós, e isso não colocamos na frente de nossos partidos, as nossas composições. Eu creio que se o povo do Maranhão nos der uma segunda oportunidade, todos nós, a começar por mim, temos que ter a grandeza de estar a altura das expectativas da população. É importante que aprendamos com nossos erros.

ROBERTO ROCHA: “MINHA PRÉ-CANDIDATURA AO SENADO É UMA OPÇÃO ESTRATÉGICA”


O deputado Roberto Rocha (PSDB) supõe que a sua pré-candidatura ao Senado Federal anda incomodando a grupo Sarney. O líder tucano acha “engraçado” todas as vezes que o sistema Mirante fala da sua “improvável reeleição” a deputado federal.
O blog entrou em contato com Roberto Rocha para comentar sobre o editorial da coluna O Estado Maior, edição deste sábado (08), intitulada “Saída Honrosa”, onde o matutino de Roseana Sarney tenta passar a ideia de que a pré-candidatura do tucano seria uma espécie de ‘carta de seguro’ pela suposta reeleição a deputado.
“Fico surpreso todas as vezes que eles [sarneysistas] falam que não tenho condição de me reeleger a deputado federal. No entanto, em 1994 tive 27 mil votos; em 1998, 80 mil votos e em 2006, 140 mil votos, espalhados em todos os municípios do Maranhão, o que fez de mim o deputado mais votado da história. Ou seja, a minha opção pela candidatura ao senado é uma opção estratégica…”, disse.
Roberto Rocha é pré-candidato do PSDB ao Senado ao lado do ex-ministro Edson Vidigal na chapa que terá o governador deposto Jackson Lago (PDT).

Banqueiro demitido denuncia conta de Roseana e Jorge nas Ilhas Caymans



10 de maio de 2010 às 08:42


O banqueiro Rudolf Elmer, ex-vice-diretor da filial do banco suíco Julius Bär, nas ilhas Cayman, confirmou em livro editado no último mês de março, na Alemanha, que a governadora Roseana Sarney era uma das clientes do banco.

"Outros indícios no meu levantamento de dados conduzem a Roseana Sarney, membro do Senado brasileiro e filha de ex-presidente, que mantém um trust com o nome Coronado no banco Julius Bär", afirma o banqueiro no seu livro Bankenterror (Terror bancário).

A informação confirma dados obtidos pela ONG Wikileaks, especializada em rastrear dinheiro sujo. Segundo a organização, Roseana e Jorge Murad abriram uma conta em 1993 que teria movimentado 150 milhões de dólares até 1999.

O livro de Elmer, escrito em alemão, ainda não foi traduzido para o Português, mas já está disponível para compra em versão digital em formato e-book.

Na obra Elmer faz revelações sobre o que ele chama "o terrorismo financeiro internacional", destacando o mecanismo dos negócios das offshores, empresas de sociedade anônima que realizam "o maior saque na história da humanidade sob o manto da soberania do Estado de Direito". A história parece saída de um roteiro de filme policial.

Rudolf Elmer, o "homem-bomba da Suíça", segundo o definiu a revista Isto-É Dinheiro, edição de maio de 2009, fala com a autoridade de quem foi por sete anos auditor do banco em Zurich, na Suíça, tendo então sido promovido a vice-diretor responsável pelas operações nas ilhas Cayman.

Lá ele cuidava das empresas, dos registros contábeis, contratos e transações em fundos off-shore. Nessa função ele sabia quem eram os clientes, mas não tinha contato direto com eles.

O mecanismo bancário permite que os clientes possam movimentar as contas através dos gestores do Julius Bär em Nova York ou Zurique. O Julius Bär é um dos mais sólidos bancos suíços, fundado em 1890, com uma carteira de clientes privados avaliada, em 2007, em 405 bilhões de francos suíços, espalhados em filiais em Nova York, Londres, Hong Kong, Dubai, Frankfurt, Grand Cayman, Guernsey, Los Angeles, Luxemburgo, Milão, Stuttgart e Viena.

O soprador de apito

A carreira de Elmer caiu em desgraça quando o banco sofreu um vazamento de informações na sua filial de Cayman e toda a diretoria foi obrigada a passar por detectores de mentira para apurar de quem seria a responsabilidade. Elmer se recusou a se submeter ao detector e foi demitido. Ele era um dos suspeitos, pois dentre suas tarefas estava a de fazer a guarda de dados sensíveis, mantendo uma cópia de segurança que era atualizada diariamente. Muitas vezes ele levava essa cópia para casa e quando foi demitido guardava algumas dessas fitas que, segundo ele, tornaram-se valiosas para se proteger da pressão do banco.

"Do ponto de vista jurídico eu não roubei o material, pois tinha autorização de guardá-lo", afirma hoje. Com o tempo ele decidiu utilizar o material para pressionar o banco, como "uma forma de defender a mim e minha família", declarou à revista alemã Spiegel em 2008.

Elmer transformou-se num whistleblower (soprador de apito) que na gíria policial significa o Informante.

Ele resolveu abrir um site (www.swisswhistleblower.com) para tornar pública sua briga. Começou então uma longa saga de disputas, uma verdadeira guerra de Davi contra Golias.

Wikileaks

Em 2004 Elmer processou o banco na justiça de Zurique, na mesma época em que a revista suíça Cash publicava matéria denunciando clientes alemães do Julius Bär que teriam sonegado grandes somas entre 1997 e 2002. Os documentos também chegaram às mãos de autoridades fiscais americanas que resolveram conduzir investigações.

Elmer partiu então para o ataque e resolveu disponibilizar alguns documentos para um site especializado na publicação de material confidencial suspeito, com o intuito de rastrear e desmascarar dinheiro e operações ilegais.

Os advogados do banco imediatamente processaram o site e em fevereiro de 2008 a Corte de São Francisco emitiu um mandado a pedido do banco Julius Bär para fechar o endereço do servidor Wikileaks.org, que tem sede nos Estados Unidos.

Tiro pela culatra

O que o banco não poderia prever é que a vitória judicial se transformaria na maior derrota de relações públicas que o banco jamais imaginara ter. Várias ONGs de defesa da liberdade de acesso à informação começaram a espelhar o site original com endereços postados fora da jurisdição americana. A disputa atraiu ainda mais a atenção da imprensa especializada a ponto do juiz revogar sua decisão.

Elmer tem soltado informações pouco a pouco, mas foi categórico ao dizer em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, da Isto É-Dinheiro, em maio do ano passado, que "passaram pelo Julius Bäer em Cayman empresários, políticos e advogados brasileiros. Se houver interesse, posso vir a colaborar com a Justiça brasileira."

Roseana e Jorge

Os dados disponibilizados pela Wikileaks já dão algumas pistas da conta Coronado, aberta em 27 de setembro de 1993, em nome de Mr. Jorge Francisco Murad e Mrs. Roseana Macieira Sarney.

Na época Roseana e Jorge estavam separados judicialmente desde a década de 80. Eles só se casaram novamente anos depois para impedir a candidatura do então oposicionista Ricardo Murad, irmão de Jorge, a senador pelo PDT do Maranhão, nas eleições de 1998.

Com o recasamento oficial do irmão, Ricardo se tornou inelegível, pois não exercia mandato parlamentar e como cunhado de Roseana, na época governadora do Maranhão, não poderia se candidatar a qualquer cargo eletivo.

O site Wikileaks estima que pela conta do casal teriam passado 150 milhões de dólares até 1999. No entanto, não divulgou documentos de movimentação bancária.

Mas o que foi disponibilizado é suficiente para que as autoridades brasileiras iniciem uma ampla investigação, a exemplo do que vem sendo feito com as contas do irmão, Fernando Sarney, acusado pela Polícia Federal de enviar remessas ilegais de dinheiro para o banco HSBC, filial da cidade chinesa de Qingdao.

Mal de família

Segundo investigações conduzidas pela Polícia Federal, na antiga "Operação Boi Barrica", hoje "Operação Faktor", os recursos remetidos por Fernando Sarney para a HSBC na China, foi feita por uma empresa off-shore das Bahamas.

Ainda segundo a PF, os recursos enviados ilegalmente por Fernando para a China foram desviados da construção da Ferrovia Norte Sul. A obra foi coordenada pela estatal Valec, dirigida na época pelo engenheiro Ulisses Assad, ex-presidente da Caema e colega de faculdade de Fernando Sarney na Escola Politécnica da USP/SP, na década de 70.

Brecha na jurisdição

A legislação brasileira permite a quebra de sigilo bancário pela Receita Federal de empresas ligadas a offshores sem necessidade de autorização judicial, desde que haja indícios de irregularidades.

Não é crime ter uma conta off-shore em paraíso fiscal, desde que os valores sejam declarados ao fisco nacional. Uma consulta às declarações de Roseana entregues ao Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão, por ocasião das eleições de 1994, 1998, 2002 e 2006 mostra que nunca houve menção às contas off-shore.

Tal qual a irmã, Fernando também não informou em suas últimas declarações de rendimentos à Receita Federal a posse deste dinheiro enviado ilegalmente para a China.

A prática destes ilícitos parece ser uma marca registrada dos filhos, do genro e da nora do senador José Sarney.

Os indícios de lavagem de dinheiro no caso de Roseana Sarney e sua empresa Coronado são fortes. A conta foi aberta através do advogado José Brafman, investido com poderes de trustee (administrador). O trustee é quem detêm o título legal de propriedade da off-shore, para administrá-la em nome dos verdadeiros donos, como artifício para garantir o anonimato.

Dessa forma é assegurado o sigilo bancário até mesmo contra decisões judiciais. Esse modelo vem sendo questionado apenas nos últimos anos, através de acordos entre países para evitar que as offshores se tornem reduto de mafiosos e terroristas.

Por essa brecha tem se chegado a alguns figurões, como por exemplo, o ex-presidente do México, Carlos Salinas, que tinha uma conta milionária, adivinhe onde? No mesmo circunspecto banco Julius Bäer, nas ilhas Cayman.

Uma consulta a internet revela que José Brafman é mais que um simples advogado. É um operador dos mais bem sucedidos. Segundo a revista Veja, edição de março de 2001, José Brafman atuou juntamente com Ricardo Sérgio e Miguel Ethel na formação do consórcio Telemar e do consórcio de Benjamin Steinbruch que resultou na privatização da mineradora Vale do Rio Doce.

Miguel Ethel, segundo a mesma revista Veja, é amigo de Fernando Sarney e Jorge Murad, que o fez sócio como condição para liberar o empreendimento do São Luis Shopping. Ainda hoje ele integra o Conselho Curador da Fundação José Sarney. Coincidências?

Korruptionskandal

O livro de Rudolf Elmer abre caminho para que as autoridades brasileiras puxem o fio dessa intrincada meada. Resta para nós maranhenses o vexame de saber que a única pessoa de nacionalidade brasileira citada no livro foi Roseana Sarney, que agrega agora ao seu repertório de práticas suspeitas um palavrão, Korruptionskandal, que não é preciso conhecer alemão, basta conhecer o sobrenome Sarney para entender.

1) Cópia original do texto escrito em alemão na página 280 do livro "Bankenterror" (Terror Bancário) publicado em março passado na Europa em formato digita, autoria do ex-banqueiro Rudolf Elmer, ex-diretor do banco suíço Julius Bär, filial das Ilhas Caymans.

Bankenterror / 280

"Dass er nach nur fünf Jahren "Luxusarrest" vortzeitig entlassen wurde. Er befindet sich seit 2007 wieder auffreiem Fuss!

Weitere Hinweisein meiner Datensammlung fuhren zu Roseana Sarney. Mitglied des Brasilianischen Senates und Tochter des ehemaligen Präsidenten, die einen Trust mit Namen CORONADO bei Julius Bär unterhielt . Roseana Sarney war 2002 ein heisser Tip für die Präsidentschaftskandidatur in Brasilien. Als aber die Polizei auf einen Hinweis hin ihr Zuhause durchsuchte, und dabei über USD 500.000 unerklärbarem Bargeld fand, zog sie gezwungenermassen ihre Kandidatur zurück und die Affäre eskalierte zu einem Korruptionsskändal.

Roseana Sarnay war Kundin des Julius Bär Gruppe. Der Skandal um ihre Person ist heute noch für jedermann, sogar für die Polizei im Internet zu finden. Eine Namessuche mit Google genügt. Man braucht kein zentrales Informationssystem, keine Geheimdienste und kein Interpol, um den Zusammenhang zu erkennen. Der Trust bzw. das Vermögen von Senatorin Roseana Sarney war jedoch gut versteckt und anonymisiert worden.

Bei Geschäften mit solchen Kunden läuft dies normalerweise folgendermassen ab. Es wird als "Wirtschaftlich Berechtigter" ein Rechtsanwalt vorgeschoben, oder es warden Inhaberaktien registriert deren Direktor ein sogennanter "Corporate Director" war. Die Namen der Eigentumer unde Geschäftsfürer...benützt, um die tatsächlichen Eingentumer zu verschleiern. So war eine Gesellschaft mit dem Namen Totar in sowohl in den Britsch Virgin Island als auch auf den Caymans."

2) Versão livre em Língua Portuguesa da página 280 do livro “Terror Bancário”, de Rudolf Elmer:

Terror Bancário / 280

...Que após apenas cinco anos em "cárcere de luxo", seu pedido de prisão foi indeferido. Ele está desde 2007 novamente livre!

Mais tarde, contudo, minha atenção virou-se para Roseana Sarney. Membro do Senado brasileiro e filha do ex-Presidente, um nome de confiança, CORONADO, conversou com Julius Baer. Roseana Sarney foi em 2002, uma opção forte para a candidatura presidencial no Brasil. Mas numa batida policial em suas propriedades foram encontrados 500.000 dólares de origem inexplicada e o caso rapidamente tomou proporções de grande escândalo de corrupção.

Roseana Sarney era uma cliente do Julius Baer Group. O escândalo referido pode ser até hoje encontrado por todos, inclusive a polícia, na Internet. Basta uma simples busca no Portal da Google. Você nem precisa ter uma Central de informação, detetives particulares ou a Interpol para ter acesso a essas informações.

Contudo, bens e ativos da senadora Roseana Sarney foram bem escondidos e "anônimisados".

Esses foram os caminhos normalmente seguidos por esse cliente. Portanto, aparece como "Beneficiário" de um advogado disfarçado de real proprietário. Assim foram registradas em nome de uma empresa chamada Totar nas Ilhas Virgens Britânicas e ainda nas Ilhas Caymans, em nome do seu diretor, chamado de "diretor corporativo".

sábado, 8 de maio de 2010

Deu na Folha de S. Paulo: Sarney ignora STF e recontrata mulher de aliado



8 de maio de 2010 às 15:22

Da Folha de S. Paulo


O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), recontratou em abril a mulher do ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Raimundo Carreiro, responsável direto pela análise das contas da Casa, um ano e meio depois que ela foi demitida por nepotismo.

Carreiro foi secretário-geral do Senado por 12 anos e indicado para o TCU pelo próprio Sarney. No tribunal, o ministro foi sorteado para ser o relator da prestação de contas do Senado para os anos de 2009 e 2010.

O TCU é um órgão auxiliar do Congresso Nacional e tem como principal responsabilidade analisar os gastos da União.

Na mesma semana em que a mulher do ministro foi recontratada por Sarney, Carreiro pediu o arquivamento de um processo sobre a contratação sem licitação de uma empresa de serviços elétricos no Senado por R$ 485 mil. O voto de Carreiro foi seguido pelo tribunal.

Maria José de Ávila, mulher de Carreiro, era assessora da diretoria-geral do Senado em agosto de 2008, mas teve que deixar o cargo quando foi publicada a súmula do Supremo Tribunal Federal que proibiu nepotismo nos três poderes.
Ele nega qualquer influência na contratação da mulher. Sarney, por meio da assessoria, disse que ela foi contratada por razões técnicas. Maria José, por sua vez, não quis falar.

À época das demissões, o Senado decidiu que o TCU, por ser vinculado ao Legislativo, deveria ser considerado para casos de nepotismo.

Em abril, Maria José voltou ao Senado para assumir outro cargo, com salário de R$ 10 mil. Em geral, as contratações são assinadas pela diretoria-geral, mas, neste caso, foi o próprio Sarney quem assinou o ato.

A mulher do ministro do TCU trabalha hoje na Secretaria do Sistema Integrado de Saúde. Em 2008, também deixaram a Casa dois filhos e uma sobrinha de Carreiro -e outras 82 pessoas demitidas por conta da súmula antinepotismo.

Sarney já foi alvo de denúncias de contratação de familiares no Senado. A Folha mostrou, por exemplo, que Sarney contratou a própria irmã, apesar de sempre ter negado influência nessas nomeações.

Para o presidente da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), Mozart Valadares, a recontratação da mulher de Carreiro é uma "incoerência".

Nomeação não é caso de nepotismo, afirma senador

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmou por meio de nota de sua assessoria que a contratação da mulher do ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Raimundo Carreiro não é caso de nepotismo.

"A nomeação de Maria José de Ávila aconteceu por requerimento da Diretoria-Geral por ser especialista na área", diz. "Não há qualquer ato que caracterize vínculo entre o Congresso e o TCU", completou.

A assessoria, porém, não respondeu por que a mulher, dois filhos e a sobrinha do ministro foram demitidos após súmula antinepotismo.

Procurada pela Folha, Maria José de Ávila não quis se pronunciar.

Por meio de assessoria, Raimundo Carreiro disse que não tem responsabilidade pela contratação da mulher. "É o Senado que responde por ela", afirmou.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Collor e Lessa anunciam rompimento; palanque de Dilma racha.


Depois de uma reunião em Brasília, o senador Fernando Collor (PTB-AL) e o ex-governador de Alagoas, Ronaldo Lessa (PDT), anunciaram o rompimento político, que já era dado como certo desde a semana passada, quando o Terra adiantou que Collor seria candidato ao governo alagoano. Lessa também será candidato.

De acordo com o ex-governador, havia a promessa de Collor apoiá-lo a chefia do Executivo Estadual. "Não houve consenso", disse Lessa. "Ele expôs seus motivos e eu afirmei que minha candidatura estava consolidada", afirmou o ex-governador.

Collor teve um encontro, na terça-feira (4), com o ministro do Trabalho e presidente nacional do PDT, Carlos Lupi. "O ministro relatou o que conversara com o senador no dia anterior (terça-feira). Segundo ele, Collor sondou-o acerca de um possível apoio, mas Lupi disse que o candidato do presidente Lula sou eu e que não haveria como alterar esse quadro", afirmou Lessa.

O ex-governador adiantou que ele terá um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta sexta-feira (7), em Recife, ou na próxima semana, em Brasília. Lessa falará sobre o racha do palanque da presidenciável Dilma Rousseff no Estado.

Caciques
A decisão de Collor chacoalhou o quadro político local e movimentou os caciques da política alagoana. Candidato a reeleição, o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) vai esperar o quadro "esfriar" para se posicionar.

"Não soube do anúncio do Collor. Foi ele mesmo quem disse? Quando ele disser alguma coisa - ele mesmo -, nós falaremos do assunto", disse o presidente estadual do PSDB, Claudionor Araújo.

Depois da escolha de Collor, o PMDB alagoano, presidido pelo líder do partido no Senado, Renan Calheiros, rachou. Por ordem dos 'colloridos', a família Beltrão, que comanda cidades do litoral sul alagoano, quer indicar o vice de Collor: o deputado federal Joaquim Beltrão (PMDB).

Renan, que apoia Lessa na disputa, avisou: "o Joaquim é um excelente deputado e um dos nomes que engrandece o PMDB em Alagoas, mas não será candidato a vice de Collor", disse Renan.

Os 'colloridos' temem que Renan se afaste de Collor em 2014, quando o senador deve disputar a reeleição ao Senado, na única vaga a cadeira federal. "O quadro dos sonhos é que o Ronaldo Lessa dispute uma eleição com o governador atual, mas queremos ir ao segundo turno com Collor por causa de 2006", disse um dos apoiadores de Lessa e secretário do PDT, Welinson Miranda. Collor e Lessa disputaram o Senado em 2006. Collor ganhou a disputa.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Roseana Sarney desrespeita a lei e discrimina São Luís, diz oposição



5 de maio de 2010 às 17:13

Da Agência Assembleia

O deputado Edivaldo Holanda (PTC), líder da oposição, disse, nesta quarta-feira (5), em discurso no plenário da Assembleia Legislativa que os limites da discriminação e do preconceito manifestados pelo governo do Estado indicam uma atitude nazista e citou como exemplo maior deste tipo de postura a recusa em homologar o estado de emergência decretado pela prefeitura de São Luís, em virtude das chuvas que castigaram a cidade, em 2009.

Ele lembrou que diversos municípios do estado fizeram este procedimento e que dos quatro municípios da Ilha de São Luís, apenas a capital, administrada pelo prefeito João Castelo (PSDB), não teve a homologação esperada. No entanto, ele afirmou que Raposa, Paço do Lumiar e São José de Ribamar não receberam o mesmo tratamento, com o governo do Estado homologando o estado de emergência decretado por seus respectivos prefeitos.

Para o parlamentar, ao tomar esta atitude discriminatória em relação à prefeitura de São Luís, a governadora demonstrou para com a população ludovicense falta de respeito, de amor ao próximo e principalmente discriminação e preconceito. Ele frisou ser importante que a população de São Luís tome conhecimento disto. “É bom que o povo desta cidade saiba do preconceito, da discriminação, não contra Castelo, mas contra o povo de São Luís, contra o povo desta cidade independente, desta cidade rebelde que não se dobra”, reclamou.

DESRESPEITO À JUSTIÇA

Edivaldo Holanda acrescentou ainda que além de tratar de forma discriminada a cidade de São Luís, a governadora Roseana Sarney não cumpre determinação do presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro César Asfor Rocha, que obriga o governo do Estado a reconhecer e homologar no prazo de 48 horas o estado de emergência no município de São Luís. Ele ressaltou que na semana passada o magistrado negou pedido do Executivo Maranhense para cassar a liminar concedida pelo Tribunal de Justiça.

Holanda lembrou que em 2009, o Maranhão registrou o período de chuvas mais rigoroso das últimas três décadas e diversas cidades foram inundadas. Ele ressalva que em São Luís a situação também foi drástica com centenas de famílias ficando desabrigadas e por este motivo foi consenso entre a classe política a decretação do estado de emergência.

RETALIAÇÃO

O parlamentar relata que diante desta situação, o prefeito João Castelo baixou o Decreto nº 36.635/2009 declarando estado de emergência no município. Outras cidades da grande ilha também tiveram a mesma atitude por parte das prefeituras, mas apenas Raposa, São José de Ribamar e Paço do Lumiar, cujos prefeitos são aliados da governadora tiveram a homologação do estado de emergência.

Edivaldo Holanda concluiu que um dos motivos que talvez explique a exclusão de São Luís é o fato do prefeito da cidade, João Castelo, pertencer às forças de oposição ao atual governo e isto pode ter sido uma retaliação do governo do Estado para com o prefeito de São Luís.

INTERVENÇÃO NO PT/MA: “SE TIVER ISSO, VAI VIRAR UMA GUERRA; PODE DIZER QUE VAI MORRER GENTE”, AFIRMA DUTRA



O PT do Maranhão está distante de encerrar a polêmica sobre o apoio à candidatura de Flávio Dino, do PCdoB, em detrimento da aliança com o PMDB da governadora Roseana Sarney, que tenta a reeleição. O presidente do diretório estadual petista, Raimundo Monteiro, anuncia que uma reunião pode modificar a decisão de se coligar aos comunistas, que teve 87 votos contra 85, em 27 de março.
“Nos dias 21 e 22 de maio, vai ter outro encontro para ver a questão das candidaturas de deputados. Se (o partido) achar que (o anterior) deve ser revisto, pode ser que haja uma revisão”, revelou Monteiro.
Contrário a uma aliança com os peemedebistas, o deputado federal Domingos Dutra discorda da validade de novo pleito. “Já tínhamos marcado este encontro, se destina apenas para aprovar os candidatos a deputado estadual, deputado federal, vice-governador, senador e suplente de senador. O encontro estadual não pode rever outro encontro estadual, só o nacional”, afirma.
Monteiro insiste na brecha: “Oficialmente, o encontro que vai decidir candidaturas é o dos dias 21 e 22″. Dutra refuta mudanças. “Não, isso não existe, não tem amparo. É desespero, eles estão sem saber o que fazer com a derrota. Tem recurso, tem pedido de intervenção, e agora estão com essa história. Se tiver isso, vai virar uma guerra porque não pode. O partido tem regras. A primeira etapa foi escolher candidato de fora do PT, foi o que a gente fez, esse prazo já passou”, argumenta.
O líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza, também espera que o diretório estadual modifique sua opção para que a direção nacional não precise fazer valer sua vontade por uma aliança com o PMDB, mas não entra nos meandros das questões locais. “É tentativa de golpe”, brada Domingos Dutra. “Aí, pode dizer que vai morrer gente aqui porque o encontro não acontece, isso aí é irresponsabilidade. (Se) perderam, perderam. Se o diretório nacional quiser fazer intervenção, faz”, acrescenta.

Sem consenso

Monteiro atesta que o PT maranhense permanece distante de um consenso. “Está dividido, cada metade para um lado. Eu não tenho opinião definida, vou acatar o que for definido”, esquiva-se. Na votação sobre a coligação, ele seguia as diretrizes nacionais, que recomendam acordo com os Sarney, adversários históricos da sigla. “Que fizesse aliança com o PMDB porque é uma estratégia do PT nacional, e o Maranhão faz parte desta estratégia. Minha prioridade é a eleição de Dilma Rousseff. Não adianta eu ganhar o Maranhão e perder o nacional”, diz.
“A gente sabe que o Sarney continua pressionando o presidente Lula. A Roseana deu duas secretarias para o pessoal do PT que apoia ela. Estamos na pré-campanha (de Dino). Não acreditamos que haverá intervenção aqui nem anulação de encontro porque não ferimos nenhuma norma do partido”, opina Dutra.

Lisura da eleição

A escolha pelo PCdoB, em São Luís, foi observada presencialmente pelo secretário nacional de organização do PT, Paulo Frateschi, e pelo presidente, José Eduardo Dutra, que atestaram a lisura do evento. “José Eduardo Dutra veio para cá pedir para todo mundo fazer o encontro político, não ter briga para não repercutir na ministra Dilma, nós acatamos, fomos para lá e enfrentamos a máquina do Estado, estávamos dispostos a aceitar o resultado. Agora, no tapetão assim, não toma não”, reage o parlamentar maranhense. A troca de aliança, então, precisaria ser imposta. “O diretório nacional tem poderes para fazer intervenção. Se entender que a aliança com PSB e PCdoB prejudica a Dilma, ele pode. O problema é encontrar argumento pra isso”, desafia Domingos Dutra.
Nessa esfera, há outro impasse sobre procedimentos legítimos. “Eu considero extremamente difícil (intervir). É preciso 60% do diretório (nacional), haver uma intervenção, destituir a direção estadual”, explica o deputado Dutra. Vaccarezza simplifica o método: “Aprovamos, no congresso (do PT), que quem decide as alianças estaduais é o diretório nacional”. E Dutra analisa: “Politicamente, se o diretório entender que, aqui no Maranhão, para o bem da ministra Dilma, só deve ter o palanque da Roseana, pode. Mas até nisso não resolve porque o Flávio Dino já disse que é candidato com ou sem o PT”.
Intervenção nacional
A alteração da parceria com o PCdoB em favor do PMDB ameaça causar danos à campanha inteira e à participação do PT na política maranhense. “Estamos no PT há 30 anos, não é justo fazer uma intervenção no PT do Maranhão pra matar dois terços do partido. Porque, se houver intervenção, eu e tantos outros não seremos candidatos a nada”, promete Dutra, listando nomes históricos da legenda local.
“A gente ser morto pra dar vida a uma oligarquia? Enquanto a gente lutava para fortalecer o PT e o Lula, eles usavam a máquina deles contra nós, contra o partido, contra o Lula”, denuncia o deputado, em referência à velha rivalidade com o grupo político de Sarney. (Portal Terra)